Quando se discute o ensino superior na
Bahia, constata-se o atraso causado pela ação dos governos ao longo da
história. Apenas como exemplo, Minas Gerais tem 13 Universidades Federais, a
Bahia, até pouco tempo, só tinha uma, a UFBA. O governo Lula criou a UFRB e a
UNIVALE (que pertence a 3 Estados: Bahia, Piauí e Pernambuco) e agora, no
governo Dilma, estão sendo criadas as Universidades Federais do Sul e do Oeste
do Estado.
Essas universidades são criadas a partir
das vocações locais, as condições edafoclimáticas, a economia,
a cultura, as condições socioambientais.
E nosso semiárido?
O Semiárido Baiano abrange uma área de
385.761 km2 (45% do Semiárido Nordestino e 68% do Baiano),
congregando 64% dos Municípios do Estado, sendo habitado por 6,8 milhões de
pessoas. Pela sua amplitude e peculiaridades, com suas próprias características
justifica-se a criação de uma instituição de ensino superior e pesquisa que se
adeque a essa realidade e insira-se em seu processo de transformação.
Em inícios de 2011, o CONSISAL, o
CODES-Sisal, MOC e a APAEB-Valente iniciaram uma discussão com vistas à implantação
de uma Universidade no Semiárido Baiano que, embora aberta para outras localidades,
de início beneficiaria os Territórios do Sisal, Vale do Jacuípe, Piremonte do
Itapicuru e Nordeste II.
Uma reunião com o reitor da UFRB, Paulo
Gabriel, discutiu-se a implantação de um Campus daquela instituição no
Território do Sisal. A proposta foi bem recebida pelo reitor e sua equipe, mas
esbarrou na questão de recursos que, como se sabe, só será resolvida com uma
ampla mobilização das forças políticas e dos movimentos sociais.
Para dar continuidade a essa discussão,
convidou-se o deputado federal (PT) Afonso Florence para uma reunião no próximo
dia 23, na Casa da Cultura, em Valente, a partir das 11:00h. O deputado foi o
relator do projeto que criou a Universidade Federal do Sul da Bahia e autor de
uma indicação para a criação da Universidade da Chapada.
VAMOS À LUTA!
Ildes Ferreira!
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